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A cada dia, as declarações de candidatos a cargos políticos em órgãos de imprensa ganham mais espaço. A Copa do Mundo vai chegando ao fim e as eleições já começam a ocupar as atenções dos brasileiros. Velhos e novos candidatos abordam um pouco de tudo. Muito discurso e poucas propostas concretas. Particularmente na área da saúde bucal, questão de interesse de 200 milhões de cidadãos.

 

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), que representa os mais de 100 mil profissionais que atuam na área no estado de São Paulo, dentre os quais 78 mil são cirurgiões-dentistas, lamenta, mas não estranha tal descaso. A Odontologia deve ser valorizada como uma área integrante do campo da Saúde e seus profissionais são protagonistas destas atividades.

 

Há anos que os cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares da odontologia, vinculados às três esferas de Governo (União, Estado e municípios), lutam por uma assistência pública de qualidade aos pacientes e por valorização profissional. Entretanto, não recebemos de nossas autoridades a atenção que merecemos por direito.

 

Essa indiferença em relação ao tema inviabiliza o acesso universal, integral e equânime da população à saúde bucal, garantia constitucional e dever do Estado. Tanto os pacientes quanto os cirurgiões-dentistas tem sido prejudicados nessa equação desigual.

 

Além da precariedade de infraestrutura do Sistema Único de Saúde, resultado de subfinanciamentos e da visão de saúde como mera mercadoria, há uma violenta e recorrente subvalorização dos profissionais.

 

Para se tornar cirurgião-dentista, é preciso cursar cinco anos de faculdade, além de se manter atualizado sempre sobre os últimos avanços científicos da odontologia. Porém, ao chegar ao mercado de trabalho, o profissional dedicado é remunerado de forma aviltante e tem que conviver com a inexistência de plano de cargos, carreira e salários e adequadas condições de trabalho.

 

Vale ressaltar que, assim como o médico, o cirurgião-dentista é profissional da área da saúde que realiza atividades de alta complexidade, com similaridades quanto ao diagnóstico, prescrição medicamentosa e trtamento. Sendo que esses são profissionais competentes legalmente para realizar diagnóstico e emitir prescrição.

 

É por isso que historicamente pleiteamos a valorização com a isonomia salarial, assim como os médicos. Aliás, foi com esse intuito que a classe odontológica se uniu em protesto no último 5 de junho, na Avenida Paulista. Na data, durante todo o dia, os profissionais da equipe de saúde bucal funcionários e servidores públicos também trabalharam com uma tarja preta no jaleco, em todo o Estado.

 

A categoria odontológica e os usuários do SUS estão na expectativa por um debate sério de ideias que possam trazer mudanças significativas no quadro que a saúde bucal pública enfrenta atualmente. Queremos saber as propostas dos candidatos para impulsionar o Estado, nos diferentes níveis de governo e âmbitos de poder, na superação do subdimensionamento atual da rede assistencial, a fim de assegurar à população serviços públicos odontológicos bem estruturados, com profissionais adequadamente remunerados, visando à provisão de cuidados odontológicos de qualidade e o exercício da saúde bucal como um direito humano universal.

 

Claudio Miyake e Marco Manfredini, presidente e secretário geral do CROSP


Fonte: http://www.segs.com.br/index.php/so-saude/106-saude-b/1293-valorizacao-sempre-descaso-nunca-mais.html